Neymar esteve de volta à Vila Belmiro, palco onde brilhou por quatro anos vestindo a camisa do Santos. Mas, desta vez, o astro não foi a campo. Agora atacante do Barcelona, o camisa 10 da Seleção foi apoiar a nova safra de Meninos da Vila diante do Crac, de Goiás, pela terceira fase da Copa do Brasil. Mas a torcida do ídolo não foi suficiente. Desconectado em campo e diante de um rival eficiente, o Peixe não saiu de um empate em 1 a 1 e agora tem de correr atrás do resultado no jogo de volta do confronto, no próximo dia 24, às 21h50m (de Brasília), no estádio no Genervino da Fonseca, em Catalão (GO). Isso porque uma igualdade sem gols, por exemplo, é o suficiente para classificar os goianos para as oitavas de final da competição.

Após o "cochilo", um golaço
Quem esperava o Santos com a mesma pegada das vitórias contra Atlético-MG e São Paulo, enganou-se. Embora tivesse o domínio da posse de bola e mantivesse o jogo no campo de ataque, o Peixe se lançou a campo desligado, com erros de passe e marcação frouxa. Não à toa, foram poucas chances reais de gol, ambas com Willian José. Uma aos cinco minutos, na qual o camisa 9 aproveitou uma bola escorada de cabeça por Neilton, dentro da área, e bateu de primeira, mas para fora. Outra aos 31, quando o centroavante recebeu próximo a meia-lua, girou sobre a marcação e bateu rente à trave esquerda.
O Crac, que não tinha nada a ver com o "sono" inicial santista, aproveitou para se soltar em campo, depois de um início de jogo muito acuado. O lado esquerdo, com Pantico e Vanderlei (que chegou a dar uma "caneta" em Rafael Galhardo), era o mais acionado pelo ataque goiano - ainda que a equipe de Catalão (GO) encontrasse dificuldades para acertar o último passe, dando pouco trabalho a Durval e Gustavo Henrique. Lance de perigo? Só um - e bem despretencioso. Um chute de Pantico, aos 20 minutos, que quase surpreendeu Aranha. Sem jeito, o goleiro conseguiu espalmou para escanteio.
Tudo indicava para um final de primeiro tempo sem emoção e truncado, dada a sequência de faltas assinaladas pelo árbitro Leandro Júnior Hermes - especialmente no meio-campo. Foi então que a precisão de Leandrinho, então pouco acionado na partida, fez a diferença. A jogada começou com Montillo, que avançou pela esquerda e cruzou a bola para a área. Antes da redonda cair no chão, Neilton conseguiu o desvio para a meia-lua, nos pés de Leandrinho. De primeira, o camisa 7 do Peixe fuzilou para as redes. Gol para Neymar, que assistia o jogo em um dos camarotes da Vila, não botar defeito.
Leão do Sul apronta; empate justo
O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro: o Santos dominando as ações e tendo a posse da bola no ataque, e o Crac atrás, esperando alguma oportunidade para assustar. O detalhe é que o time goiano, assim como na etapa inicial, percebeu o "sono" santista e decidiu se aventurar à frente, promovendo a entrada de jogadores ofensivos, como Didi e Diogo Medeiros. A estratégia quase deu certo. Aos 12 minutos, depois de cochilo da zaga alvinegra, Heber recebeu nas costas da defesa, próximo a meia-lua, e arrematou da entrada da área, acertando a trave direita de Aranha.
O que era apenas um susto se transformou em pesadelo. Aos 21 minutos, Washington dançou na frente de Arouca, desvencilhou-se da marcação do camisa 5 e cruzou na cabeça de Ben-Hur. O zagueiro, que leva o nome do herói judeu de um filme de 1959, escorou para as redes de Aranha. Punição justa a um Santos desconectado e sem criatividade na armação de jogadas. Alegria dos quase 30 torcedores que suportaram quase 12 horas de viagem de Catalão até a Baixada Santista para torcer pelo Leão do Sul. Não bastasse, pouco depois, o Peixe perdeu Arouca, com dores - Alan Santos foi à campo.
Foi preciso ser vazado para o Santos, enfim, pressionar o Crac. Nos 15 minutos finais, o Peixe acertou duas vezes a trave - primeiro com Cícero, depois com Bruno Peres (que substituiu Galhardo) - e marcou pressão no campo de defesa, mantendo apenas Durval e Gustavo atrás da linha de meio-campo. Não foi suficiente, no entanto, para mudar a história do jogo. Final triste para o Alvinegro. Final feliz para o Leão.
FONTE > http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-brasil-2013/10-07-2013/santos-crac.html
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