A CRÔNICA
No dia em que completava 103 anos, o Inter não conseguiu dar um presente de aniversário para a torcida e empatou em 1 a 1 com o Santos na noite desta quarta-feira, em um Beira-Rio lotado por 35 mil torcedores. Com o resultado, ambas equipes deixam para buscar a classificação somente na última rodada da Libertadores. O resultado foi melhor para o Peixe, que segue na liderança. O Colorado pode ser ultrapassado nesta quinta, caso o The Strongest vença o Juan Aurich às 22h30m, fora de casa.
Em bela cobrança de falta, Nei abriu placar no primeiro tempo. Alan Kardec entrou na segunda etapa e deixou tudo igual, ao desviar cruzamento de Juan. Neymar bem que tentou, driblou, fintou e arriscou. Só não conseguiu marcar graças à grande atuação de Muriel, grande responsável pelo empate.
Já o Inter permanece em segundo, com oito. No domingo, enfrenta o São Luiz, em Ijuí. O próximo confronto pela competição sul-americana será diante do Juan Aurich, no Peru.Com o resultado o Santos segue líder, com 10 pontos. Agora o Peixe encara o São Caetano, domingo, pelo Paulistão. Pela Libertadores, o último compromisso é diante do The Strongest, em 19 de abril. Ainda há a definição se a partida será na Vila ou no Pacaembu.

Para tentar conter aquele que é considerado um dos principais times do Brasil, e principalmente Neymar, autor de três gols na Vila Belmiro, o Inter criou um clima de guerra. A começar pelas chamadas Ruas de Fogo, em que os torcedores esperaram os jogadores com sinalizadores antes da partida. Com a bola rolando, o time saiu em blitz contra a defesa santista. Sem D’Alessandro, Oscar, e Guiñazu, que assistiram ao jogo das cabines, Dorival Júnior apostou em um meio-campo totalmente novo, com Tinga como meia-armador central.
Pressão colorada
A pressão dos donos da casa surgiu efeito logo aos sete minutos, com um ajudinha adversária. Arouca errou passe na saída de bola, Dagoberto arriscou jogada individual e acabou derrubado por Durval, na frente da grande área. Na cobrança da falta frontal, Nei caprichou: acertou o ângulo esquerdo de Rafael, que poderia ter ao menos tentado defender. Ficou parado e viu a bola morrer na rede.
A partida então mudou completamente de configuração. Com força máxima e time completo, o Santos ganhou a posse de bola e tomou as ações, como se fosse o mandante. Como se estivesse sob um holofote, todas as jogadas passavam por Neymar. Aos 13 minutos, o atacante driblou Índio e, da entrada da área, disparou cruzado, mas fraco. O Inter respondia em bolas de fora da área. Primeiro com Índio, depois com Kleber.
Santos cresce
A chance viva do empate santista saiu aos 27, quando Neymar, sempre ele, se livrou da marcação na ponta direita e fez cruzamento açucarado para Ibson, na risca da pequena área. No “olho no olho”, o meia bateu de primeira e viu Muriel voar no canto direito. Foi a primeira intervenção decisiva do goleiro.
A partir de então, o Inter recuou inteiro ao campo defensivo. Só que os vermelhos não queriam jogo e seguiam no clima de balões e lançamentos. Apagado, Leandro Damião esquecia a camisa 9 e voltava para fortalecer o poderio defensivo. Na marcação de Neymar, Nei, Sandro Silva e Rodrigo Moledo tentavam parar o atacante sempre com faltas.
Reação visitante
Neymar voltou com tudo para o segundo tempo. Logo na primeira chance, acelerou em dribles em direção à área do Inter, mas foi brecado por Elton, o que lhe gerou um cartão amarelo. Só que o garoto da Vila caiu de mal jeito e teve de receber atendimento médico. Voltou ao gramado com uma proteção no pulso.
O empate teve o dedo direto de Muricy Ramalho. Para ampliar a força aérea, sacou Fucile e colocou Alan Kardec, deixando o time com três zagueiros, a partir do recuo de Henrique. A alteração teve efeito imediato. Aos 19, Juan alçou bola da esquerda e o centroavante saltou
no meio da zaga para desviar para as redes.
no meio da zaga para desviar para as redes.
Confiante após do gol, o Santos seguiu em cima. Em jogada individual, Neymar driblou três jogadores e chutou cruzado. Muriel fez mais uma boa defesa.
Dorival também tentou mexer na equipe e melhorar a produção. Colocou Jajá e Gilberto nas vagas de Dagoberto e Tinga. Já Muricy colocou Elano no lugar de Borges.
Logo na primeira chance, Jajá criou a jogada na intermediária e recebeu lançamento de Dátolo. Dentro da grande área, bateu de primeira, com força, mas foi vencido por Rafael.
Muriel salva
Muriel salva
Por muito pouco Neymar não conseguiu virar o placar aos 28 minutos. Se livrou de Nei e bateu colocado, em um disparo plasticamente lindo. A batida tinha endereço do ângulo esquerdo, mas Muriel conseguiu desviar a rota da bola, que ainda bateu no travessão.
No final, Neymar ainda teve mais uma chance, novamente defendida por Muriel. Neymar não conseguiu marcar seu gol, mas foi responsável pela expulsão de Rodrigo Moledo, que levou o segundo amarelo por falta no atacante e quase complicou o Inter.
Pela produção, o Santos poderia ter saído com a vitória. Melhor em campo, Muriel foi crucial para o resultado. Foi ele quem evitou que o clube paulista desse um presente de grego aos gaúchos.
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A CRÔNICA
O Flamengo entrou no gramado do estádio George Capwell, em Guayaquil, com a mesma formação que iniciou o jogo contra o Bangu, no último domingo, e mostrou bom desempenho ofensivo. Depois de ir para o intervalo com a vitória parcial sobre o Emelec-EQU por 2 a 1, uma mudança tática do técnico Joel Santana aos 23 minutos do segundo tempo teve resultado desastroso. Gustavo entrou no lugar de Deivid, o Fla se encolheu, e os equatorianos, que jamais haviam vencido um time brasileiro em jogos da Libertadores, viraram o jogo para 3 a 2. O gol da vitória, de pênalti, saiu aos 45. Léo Moura e Deivid marcaram para o Fla.
Em nenhum treino durante a semana, Joel testou a formação com três zagueiros. Ao levar três gols de um time que só marcara uma vez em quatro jogos, o Rubro-Negro fica a um passo da eliminação na Taça Libertadores ainda na fase de grupos.
Para se classificar no Grupo 2, o Flamengo, agora lanterna, depende de um milagre na última rodada. Além de vencer o já classificado Lanús, quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Engenhão, precisa torcer por um empate entre Olimpia-PAR e Emelec, que jogam no mesmo horário em Assunção.
Antes de voltar a jogar pela Taça Libertadores, o Flamengo entra em campo neste sábado, às 18h30 (de Brasília), para enfrentar o Vasco na penúltima rodada da Taça Rio, no Engenhão. O time lidera o Grupo A, com 15 pontos.
O jogo

Assim como em qualquer jogo em que as duas equipes disputam a sobrevida, o nervosismo e a ansiedade de ambas eram nítidos. Apesar do campo desnivelado, os erros de passes aconteciam muito mais pela falta de capricho. Num deles, o Flamengo quase sofreu um gol logo aos dois minutos, quando Muralha bobeou, Giménez chutou cruzado, e De Jesús mandou para fora.
Depois do susto, o Fla começou a se acertar em campo, procurando tocar a bola com mais calma e se organizando melhor nos contra-ataques. Depois de uma cobrança de escanteio do Emelec, a bola passou por Junior Cesar, Bottinelli, Vagner Love e Deivid, que deu um ótimo passe para Léo Moura chutar e contar com o desvio de Bagüi para fazer 1 a 0, aos sete minutos.
O controle do jogo passou a ficar nos pés do Flamengo, que teve em Bottinelli um comandante de qualidade no meio-campo. No entanto, o Emelec começou a usar as bolas cruzadas na área, percebendo a dificuldade do adversário nesse tipo de jogada. Aos 15, Figueroa quase marcou, ao cabecear livre, nas costas de Welinton, nas mãos de Felipe.
A pressão aumentou. Aos 18, o goleiro do Flamengo deu rebote em um cruzamento de Bagüi e precisou sair para dividir a bola com Giménez e evitar o empate. Em mais uma bola jogada na área, De Jesús cabeceou em cima de Welinton, aos 24. No entanto, aos 33, não teve jeito. Figueroa subiu mais que Welinton e tocou no canto esquerdo de Felipe para empatar o jogo Mudança infeliz e virada Quando parecia que o Emelec passaria a pressionar pela virada, o Flamengo voltou a se organizar em campo. Num ensaio, Ronaldinho Gaúcho deu ótimo cruzamento para Deivid cabecear rente à trave, aos 38. No ato principal, o camisa 10 tocou para Junior Cesar cruzar, e Deivid, desta vez, colocar a bola no fundo da rede, aos 42, deixando o time brasileiro em vantagem no fim do primeiro tempo.
O Emelec voltou do vestiário determinado a empatar o jogo e se manter vivo na competição. O Flamengo até conseguiu controlar o ímpeto do adversário e evitar uma pressão insustentável. Aos oito minutos, ainda teve uma boa chance, num passe por cobertura de Junior Cesar para Ronaldinho, que tentou achar Love na pequena área, mas errou.
Depois dessa jogada, o Emelec começou a criar melhores oportunidades de gol. Aos 11, em nova cobrança de escanteio, Figueroa mais uma vez ganhou de Welinton de cabeça e acertou o travessão. O time equatoriano fez duas mudanças: Mina e Mena nos lugares de Jose Luis Quiñónez e Valencia, respectivamente.
Cada time usou as armas que tinha em mãos. O Emelec fez sua última substituição aos 19 minutos, com Mondaini no lugar de De Jesús. A resposta do técnico Joel Santana foi a entrada do zagueiro Gustavo no lugar do atacante Deivid, para tentar reforçar a marcação no jogo aéreo.
O que se viu, entretanto, foi uma pressão que até então não havia acontecido. Todo encolhido, o Fla não conseguia trocar três passes quando tinha a bola. O Emelec insistia com perigo nas jogadas pelo alto e não saía do campo defensivo do Fla. Para se ter uma ideia do domínio, o time brasileiro, que teve 54% da posse de bola na etapa inicial, acabou a partida com 49%. Num raro lance de contra-ataque, Vagner Love não chegou a tempo de alcançar o passe de Muralha, aos 29. Não seria exagero dizer, inclusive, que o Artilheiro do Amor teve uma de suas piores atuações desde que voltou ao Fla.
Joel ainda tentou dar novo gás ao meio-campo, colocando Magal e Luiz Antonio nos lugares de Bottinelli e Muralha. Mas o estrago definitivo ainda estava por vir. Em mais uma das 30 bolas alçadas pelo Emelec na área, Figueroa cabeceou sem chances para Felipe, aos 37. O detalhe é que, com três zagueiros em campo, quem marcava o atacante mais perigoso do rival era o baixinho Junior Cesar. Ronaldinho ainda teve a chance de desempatar em seguida, mas a cobrança de falta ficou na barreira. Para piorar, Willians cometeu pênalti infantil em Mena, e Gaibor converteu, aos 45, para levar ao êxtase a inflamada torcida azul.
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A CRÔNICA
O Verdão viajou ao Ceará com a missão de vencer o Horizonte-CE por dois gols de diferença e eliminar o jogo de volta na segunda fase da Copa do Brasil. Com certo sofrimento, conseguiu. Graças à categoria de Marcos Assunção nas cobranças de falta e escanteio e à habilidade de Maikon Leite, ganhou de virada do Horizonte-CE por 3 a 1, no acanhado, porém lotado estádio do Domingão, e garantiu a classificação às oitavas de final.
No primeiro tempo, o Verdão sofreu com a pressão da torcida local. Mateus surpreendeu, abrindo o placar para o Horizonte. E o Verdão sofreu para empatar. Na etapa final, no entanto, Maikon Leite entrou bem e os cearenses sucumbiram.

Complicou? Manda no Assunção...
A festa armada em Horizonte, pequena cidade no interior do Ceará, para receber o Palmeiras foi grande. Uma queima de fogos digna de Réveillon “incendiou” as torcidas minutos antes do apito inicial. Ao mesmo tempo, no entanto, uma mudança promovida pelo técnico Luiz Felipe Scolari deixou os palmeirenses um pouco ressabiados. Com Maikon Leite no banco, o Verdão tentaria golear o Horizonte e eliminar a volta com somente um atacante: Hernán Barcos. João Vitor e Wesley começaram juntos no meio-campo.
Com a nova formação, o Palmeiras precisou de um tempo para se encontrar. No ataque, o time rondava a área horizontina, confiante de que marcaria o gol a qualquer instante. João Vitor aparecia em todos os cantos do campo e, em duas cabeçadas, Daniel Carvalho passou perto de abrir o placar. Mas o time pagou caro pela demora em furar a defesa adversária. Aos 19 minutos, o Domingão foi ao delírio: João Paulo levantou bola na área, a zaga alviverde afastou mal e Mateus bateu de primeira na sobra, direto para o fundo da rede de Deola.
Quando o jogo complica, o Palmeiras, automaticamente, parece voltar a 2011. Está difícil? A solução é buscar oportunidades em bolas paradas e rezar para que Marcos Assunção decida. Um minuto depois de sofrer o gol, o volante cobrou falta com perigo no travessão. Assim como na última temporada, o pé do capitão segue calibradíssimo. Cruzamento após cruzamento, o Verdão chegou perto do empate. Aos 34, num escanteio, Leandro Amaro subiu alto e colocou mais um gol na conta.
Ainda assim, o empate não tranquilizou a equipe e, mesmo pressionando, todo contra-ataque armado pelo Horizonte era um desespero no setor defensivo alviverde. Vanger, camisa 9 do time da casa, dava trabalho pela esquerda e “entortou” Cicinho e Leandro Amaro em diversos lances. Mas o problema dos times era o mesmo: as chances apareciam e não eram aproveitadas. No fim, o empate parcial foi justo.

Sem os reforços, vieram os gols
O Verdão foi pressão total no início da segunda etapa. Ainda assim, só com Marcos Assunção o time chegava perto de marcar. Na primeira boa chance, o volante cobrou falta de longe, e o goleiro Jefferson espalmou para escanteio. Contratado a peso de ouro, Wesley, mais uma vez, mostrava desentrosamento e pouco tocava na bola – logo no início, saiu para a entrada de Maikon Leite. O Horizonte também rondava a área alviverde, e Felipão tentava dar uma injeção de ânimo em sua equipe.
Barcos, outro reforço de peso, também fez partida apagada. Sem chances e bem marcado, deu lugar a Ricardo Bueno e saiu muito vaiado pela torcida local. Apesar das mudanças, o ritmo e a qualidade do jogo caíram. O Palmeiras seguia pressionando, mas as jogadas pelo meio batiam na zaga.
Enquanto isso, o Horizonte também não aproveitava os contra-ataques. Feliz com o empate, o time cearense cumpria o objetivo principal de levar a decisão para o jogo de volta. Mas deixava espaços, esperava o adversário e entrava no jogo do Alviverde. Numa cobrança, aos 22 minutos, Assunção ajeitou com carinho. No cruzamento do capitão, Leandro Amaro, de novo, cabeceou e decretou a virada palmeirense.
Pouco depois, aos 26, na intermediária do Palmeiras, o Horizonte vacilou e entregou o contra-ataque fatal. Maikon Leite tabelou com Ricardo Bueno e, na velocidade, decidiu. Sozinho, recebeu a bola e bateu colocado, tirando do alcance do goleiro e fazendo o belo gol decisivo.
O Horizonte ainda teve uma ótima oportunidade para garantir ao menos o jogo de volta. André bateu cruzado e Deola, sem jeito no lance, quase foi surpreendido. Nos descontos, Pedro Carmona ainda carimbou a trave em lance que poderia ter decretado a goleada alviverde no Ceará. Mas a jogada não comprometeu o time de Felipão. Sem o brilho dos badalados reforços, mas com o capitão e os operários de 2011, o Palmeiras está nas oitavas da Copa do Brasil. Sofrido, como de costume na competição nacional.
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A CRÔNICA
Não foi o resultado perfeito para o Botafogo, mas, de virada, é sempre bom vencer. O Alvinegro derrotou o Guarani por 2 a 1, nesta quarta-feira, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP), pela segunda fase da Copa do Brasil e ficou em vantagem para o jogo de volta, no Engenhão, dia 18. Pode empatar e até perder por 1 a 0 que se classifica às oitavas de final. Em caso de derrota alvinegra por diferença mínima a partir de 3 a 2, a vaga fica com o time paulista - 2 a 1 para os alviverdes leva a decisão para os pênaltis.
O Botafogo volta a jogar no próximo domingo, contra o Friburguense, no Engenhão, às 16h, pela sétima rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Nos mesmos dia e horário, o Guarani recebe o Palmeiras, pela 18ª e penúltima rodada da primeira fase do Paulistão.Renato e Herrera marcaram para o time carioca nesta quarta, com Bruno Mendes fazendo o gol da equipe paulista. O público no Brinco de Ouro foi pequeno, apenas 3.612 pagaram ingresso (não foi divulgado o total de presentes), que proporcionaram uma renda de R$ 59.429,00.
Andrezinho erra, mas depois acerta: 1 a 1
O jogo iniciou lento e com muitos erros de passes, de ambos os lados. Assim, a bola ficava a maior parte do tempo entre as duas intermediárias. A primeira chance de gol só surgiu aos 13, para o Botafogo. Após bom contra-ataque, Andrezinho cruzou da direita e Elkeson não alcançou no segundo pau. Dois minutos depois, a resposta do Guarani veio em chute de fora da área de Danilo, que passou à direita de Jefferson, com perigo.
O jogo iniciou lento e com muitos erros de passes, de ambos os lados. Assim, a bola ficava a maior parte do tempo entre as duas intermediárias. A primeira chance de gol só surgiu aos 13, para o Botafogo. Após bom contra-ataque, Andrezinho cruzou da direita e Elkeson não alcançou no segundo pau. Dois minutos depois, a resposta do Guarani veio em chute de fora da área de Danilo, que passou à direita de Jefferson, com perigo.

Apesar desses dois lances, o panorama da partida não mudou. Assim mesmo, aos 22, o Botafogo teve uma oportunidade clara de abrir o marcador, mas Herrera, livre, próximo à pequena área bugrina, chutou a bola em cima do goleiro Emerson. O lance foi criado meio sem querer, pois a bola bateu em Fellype Gabriel antes de sobrar para o argentino.
Em geral, o Alvinegro errava sempre o último passe e por isso pouco ameaçava o Guarani. Mas, a partir da metade da primeira etapa, passou a ter o domínio do jogo. Aos 34, após a cobrança de um escanteio feita por Renato, Antônio Carlos cabeceou para a pequena área. Herrera, livre, se esticou todo, mas não conseguiu completar para o gol vazio.
O jogo favorável ao Botafogo pareceu ter deixado Andrezinho distraído. E, numa bobeada do meia, Bruno Mendes tomou-lhe a bola. Penetrou na área e, aos trancos e barrancos, perdendo e ganhando o domínio da jogada, conseguiu, na raça, chutar rasteiro entre as pernas de Jefferson, abrindo o placar para o Guarani.
No entanto, Andrezinho se recuperaria ainda na primeira etapa. Aos 44, cobrou bem uma falta da direita, e Renato aproveitou de cabeça para igualar o placar, resultado mais justo pelo que aconteceu em campo no primeiro tempo. O camisa 8 do Botafogo, que começou sua carreira no Guarani, evitou comemorar o gol.

Botafogo melhora, leva sustos, mas chega ao segundo
A configuração das equipes para a segunda etapa mostrou o Botafogo mais avançado, mas com os mesmos equívocos do primeiro tempo. E Herrera mostrou mais uma vez, no mínimo, falta de sorte na conclusão a gol. Aos 10, Fellype Gabriel recebeu na área de Andrezinho e tocou para Antônio Carlos errar a bola na pequena área. Na sequência, Herrera recebeu de Elkeson e chutou forte, em cima de Emerson, e no rebote cabeceou fraco, nas mãos do goleiro do Guarani.
No contra-ataque, o time da casa quase desempatou, com Fabinho, que fez boa jogada pela direita e chutou forte de pé canhoto. Mas Jefferson fez ótima defesa. Porém, quem exercia pressão em busca do segundo gol era o Alvinegro, e a presença na área adversária passou a ser mais constante.
O jogo ficou mais aberto e, outra vez em contra-ataque rápido, o Bugre ficou mais perto de marcar. Fabinho penetrou na área pela esquerda e bateu forte. Jefferson desviou a bola antes de ela bater na sua trave esquerda.
Porém, quem atuava melhor era o Botafogo, que chegou à virada aos 23. Herrera não teve como errar. Renato recebeu de Fellype Gabriel na direita, levou a bola na linha de fundo, já dentro da área, e deixou o atacante argentino com o gol à sua frente. Foi só empurrar a bola para a rede: 2 a 1.
A desvantagem fez o Bugre se adiantar e, aos 24, Fabinho teve outra chance, mas chutou por cima. Aos poucos, o Botafogo foi recuando, parecendo esquecer que com dois gols de vantagem eliminaria o jogo da volta, e deu espaços ao adversário. Sorte dos alvinegros que os atacantes bugrinos cometiam os mais bisonhos erros e desperdiçavam boas oportunidades. E foi na base do sufoco que os alvinegros seguraram a vitória em Campinas.

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A CRÔNICA

A célebre frase "o camisa 10 no Grêmio é o 5" é usada para definir o clube gaúcho como um time em que, por tradição, a força se sobrepõe à técnica. Na noite desta quarta, a máxima também caiu como uma luva para simbolizar a magra vitória do time de Luxemburgo sobre o Ipatinga, pela abertura da segunda fase da Copa do Brasil, no Ipatingão. Afinal, o 1 a 0 foi todo construído por volantes, em gol iniciado dos pés de Fernando e finalizado na canhota de Léo Gago, em belo chute de longa distância.
O placar favorável aos gaúchos, no entanto, não evitou o jogo da volta, a ser disputado no próximo dia 11, no estádio Olímpico, em Porto Alegre. O Grêmio joga por qualquer empate, já o Ipatinga precisa devolver o 1 a 0 para levar aos pênaltis ou, no mínimo, de um triunfo por 2 a 1 em diante (3 a 2, 4 a 3...) para se classificar nos 90 minutos pelos gols marcados fora de casa.
O placar favorável aos gaúchos, no entanto, não evitou o jogo da volta, a ser disputado no próximo dia 11, no estádio Olímpico, em Porto Alegre. O Grêmio joga por qualquer empate, já o Ipatinga precisa devolver o 1 a 0 para levar aos pênaltis ou, no mínimo, de um triunfo por 2 a 1 em diante (3 a 2, 4 a 3...) para se classificar nos 90 minutos pelos gols marcados fora de casa.

Luxa surpreende com 3-5-2
Tanto mistério de Vanderlei Luxemburgo na escalação se justificou minutos antes de a bola rolar. Afinal, a mudança foi total. Não só de peças, mas de esquema. Deixou de lado o tradicional 4-4-2 e resolveu testar um inédito 3-5-2. De acordo com Luxa, era uma forma de proteger a zaga e evitar os erros cometidos na derrota para o Pelotas, no domingo.
Tanto mistério de Vanderlei Luxemburgo na escalação se justificou minutos antes de a bola rolar. Afinal, a mudança foi total. Não só de peças, mas de esquema. Deixou de lado o tradicional 4-4-2 e resolveu testar um inédito 3-5-2. De acordo com Luxa, era uma forma de proteger a zaga e evitar os erros cometidos na derrota para o Pelotas, no domingo.
- Ficamos muito desfalcados, o Werley vem para jogar, mas não está 100%. Vamos proteger mais. Não é o que eu gosto de fazer. Mas Copa do Brasil não permite erros. Vou jogar de acordo com as circunstâncias - defendeu-se.
Já o treinador do Ipatinga, Ney da Matta, parecia mais leve, com menos pressão e se preocupou somente em cumprimentar o seu mentor na entrada no gramado do Ipatingão. Ney passou por estágio com Luxemburgo em 2004 e, logo depois, treinando o Valério, venceu o Cruzeiro do agora técnico gremista por 1 a 0
- É uma satisfação rever o Luxemburgo. É o momento nosso, vai dar tudo certo - apostou.
- É uma satisfação rever o Luxemburgo. É o momento nosso, vai dar tudo certo - apostou.
Em campo, a cautela de Luxemburgo se mostrou acertada na primeira metade de jogo. O Ipatinga pouco chegou perto da meta de Victor, apenas conseguiu reclamar um pênalti. Aos sete minutos, a bola foi ao braço de Gabriel, mas o árbitro Diego Pombo Lopez nada marcou. No entanto, o cobertor ficou curto, e o ataque, com poucas peças, se viu ilhado. O meio-campo tricolor era composto apenas por volantes. Não por acaso, partiu de dois deles, Fernando e Léo Gago, as principais finalizações no primeiro tempo, aos 18 e aos 32 minutos, respectivamente, em duas assistências do sempre participativo Facundo Bertoglio.
Moreno se lesiona, e Ipatinga melhora
Aos 26 minutos, no entanto, Marcelo Moreno sentiu dores na parte posterior da coxa direita. Deitou no campo e pediu a entrada da maca. Incrédulo, Luxemburgo via mais um desfalque se somar aos já lesionados Mário Fernandes, Kleber, Gilberto Silva e Marco Antonio no departamento médico. André Lima entrou no lugar do boliviano, mas não conseguiu manter o ritmo de briga intensa contra os zagueiros rivais.
Moreno se lesiona, e Ipatinga melhora
Aos 26 minutos, no entanto, Marcelo Moreno sentiu dores na parte posterior da coxa direita. Deitou no campo e pediu a entrada da maca. Incrédulo, Luxemburgo via mais um desfalque se somar aos já lesionados Mário Fernandes, Kleber, Gilberto Silva e Marco Antonio no departamento médico. André Lima entrou no lugar do boliviano, mas não conseguiu manter o ritmo de briga intensa contra os zagueiros rivais.

O Ipatinga ganhou corpo a partir dos 30 minutos. Passou a reter mais a posse de bola e começou a preocupar Victor. Aos 39 minutos, o ápice da blitz mineira. Léo Gago errou feio na saída de bola, e o esperto Jonatas Obina aproveitou para invadir a área e testar o goleiro tricolor. Victor, no entanto, ratificou a boa fase, salvou o Grêmio e garantiu o 0 a 0 para o intervalo.
- Estamos perdendo muito a segunda bola, tem que ter atenção - reclamou Julio Cesar, o ala mais acionado e participativo do novo esquema de Luxemburgo.
Pacote misterioso interrompe a partida
Pacote misterioso interrompe a partida

Na volta do intervalo, o Grêmio parecia dar mostras de que as orientações de Luxemburgo no vestiário fizeram efeito. Aos oito minutos, Bertoglio emendou um rebote na entrada da área, e Bruno fez grande defesa. No entanto, foi apenas um momento de lucidez. O Ipatinga passou a dominar as ações em campo. Se faltavam ao mineiros chances claras, sobravam posse de bola e jogadas agudas.
Aos 10 minutos, um lance curioso tolhiu o marasmo no Ipatingão. Um objeto embrulhado num pacote foi jogado na direção da grande área do Grêmio, próximo a Victor. O árbitro interrompeu a partida e ninguém se atreveu a tocar no misterioso material. Depois de alguns minutos, um dos policiais tomou coragem e retirou o objeto do campo, sem revelar o seu conteúdo.
Sem meias, volantes decidem
Partida reiniciada, e os velhos dilemas. O Ipatinga com mais iniciativa pouco criava contra um Grêmio fechado e igualmente nada inspirado. Aos 20, Luxemburgo sacou Bertoglio e colocou Leandro, na tentativa de reavivar o time. Mal sabia o técnico que a solução já estava em campo.
Fernando e Léo Gago já haviam tentando alguns arremates e, aos 28 minutos do segundo tempo, se uniram para fazer o gol da vitória tricolor. Do círculo central, Fernando lançou, e viu Léo Gago aninhar a bola no pé esquerdo e soltar um chute forte, no canto de Bruno: 1 a 0.
Aos 43 e aos 47, um meia de origem, Marquinhos, que entrou no lugar de André Lima, recebeu duas bolas livre na grande área e perdeu as chances de eliminar o jogo da volta, fazendo o 2 a 0. Considerando a tônica da partida, natural. Afinal, em um time cheio de volantes, com jogadas de volantes, só poderia dar gol de volante. Com sabor de golaço de um camisa 10.
Aos 10 minutos, um lance curioso tolhiu o marasmo no Ipatingão. Um objeto embrulhado num pacote foi jogado na direção da grande área do Grêmio, próximo a Victor. O árbitro interrompeu a partida e ninguém se atreveu a tocar no misterioso material. Depois de alguns minutos, um dos policiais tomou coragem e retirou o objeto do campo, sem revelar o seu conteúdo.
Sem meias, volantes decidem
Partida reiniciada, e os velhos dilemas. O Ipatinga com mais iniciativa pouco criava contra um Grêmio fechado e igualmente nada inspirado. Aos 20, Luxemburgo sacou Bertoglio e colocou Leandro, na tentativa de reavivar o time. Mal sabia o técnico que a solução já estava em campo.
Fernando e Léo Gago já haviam tentando alguns arremates e, aos 28 minutos do segundo tempo, se uniram para fazer o gol da vitória tricolor. Do círculo central, Fernando lançou, e viu Léo Gago aninhar a bola no pé esquerdo e soltar um chute forte, no canto de Bruno: 1 a 0.
Aos 43 e aos 47, um meia de origem, Marquinhos, que entrou no lugar de André Lima, recebeu duas bolas livre na grande área e perdeu as chances de eliminar o jogo da volta, fazendo o 2 a 0. Considerando a tônica da partida, natural. Afinal, em um time cheio de volantes, com jogadas de volantes, só poderia dar gol de volante. Com sabor de golaço de um camisa 10.
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